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Animais podem ajudar pessoas a superar ansiedade e depressão

Quem nunca se sentiu aconchegado e mais feliz ao ver a alegria do seu animalzinho ao voltar para casa depois de um dia estressante no trabalho? A energia que aquele pequeno ser passa para nós, humanos, pode fazer uma grande diferença, colaborando até mesmo no tratamento de casos de ansiedade e depressão.

Realizado em Portugal e publicado na revista científica Journal of Psychiatric Research, um estudo contou com a participação de 80 pacientes diagnosticados com distúrbio depressivo grave. Enquanto metade manteve contato com animais durante o tratamento, a outra metade não. O resultado apresentou melhoras significativas aos que se relacionaram com pets.

A psicóloga Fernanda Guilardi, da clínica NETPSI, relata que na associação do tratamento terapêutico, medicamentoso e com convivência com o animal de estimação é possível ver uma melhora mais rápida no tratamento de ansiedade e depressão. 

“Um dos casos que atendi foi de uma mulher solteira, com quadro depressivo, que morava sozinha e se sentia muito solitária ao chegar em casa. A partir do momento que adotou um animal foi nítida a sua melhora. Ela queria voltar para casa logo, criou um senso de responsabilidade, já que cuidava de outro ser, além da resposta amorosa que recebia do pet. Esse era um caso que se arrastava, sem melhora, mas com o cachorrinho foi nítida a evolução”, conta Fernanda.

Com o animal os pacientes acabam também saindo mais de casa, já que precisam levá-los para passear. Assim, acabam interagindo com outras pessoas que também têm pet e o círculo da amizade aumenta. “São vários os benefícios de ter um animal no tratamento. Tive um caso com outro paciente que precisou cuidar de um gato para um amigo. Ele começou a se relacionar com o animal e perceber que o gato diminuía o sentimento de solidão, dessa forma conseguiu sair da bolha e viver um pouco mais. Assim que o amigo voltou de viagem e levou o gato ele foi adotar outro pet. Aliada à terapia e à medicação, a presença do animal acabou transformando aquela pessoa.”

É importante ressaltar que o pet escolhido deve estar de acordo com a estrutura que cada pessoa pode disponibilizar. O animal precisa contribuir para o bem-estar, trazer mais vida para o ambiente, é uma verdadeira relação de troca, com cuidado, afeto e muito carinho. “Tive vários relatos de pacientes durante a quarentena que graças à presença de um pet tiveram sensações diferentes do isolamento, comparados a pessoas que não tinham animais em casa”, conta Fernanda.

Segundo a psicóloga, são vários os artigos associando a questão de ter um pet com saúde mental. “Mesmo quando não existem transtornos, o impacto desse relacionamento costuma ser muito positivo, tanto para a pessoa, quanto para o animal. Alinhar a presença do pet, com tratamento terapêutico e medicamentoso pode fazer a diferença em um quadro de ansiedade e depressão.”

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