Single Blog Title

This is a single blog caption

DIA MUNDIAL DO GATO 

No dia 17 de fevereiro é comemorado mundialmente o Dia do Gato! Embora esses felinos sejam muito queridos hoje em dia, a imagem deles caminhou por dois extremos durante a criação da humanidade: o sagrado e o profano. 

Se você era do tipo que curtia as aulas de História durante o colégio, provavelmente irá se lembrar de que os egípcios tinham um apreço muito grande por esses animais. Por volta de 600 a.C., a deusa Bastet, que simbolizava a fertilidade e a sexualidade feminina, começou a ser representada com uma cabeça de gato. Por isso, milhares de gatos foram sacrificados e mumificados em sarcófagos, como oferenda e veneração à deusa. 

Entretanto, a aproximação dos humanos com os gatos começou um pouco antes disso. Com o avanço da agricultura e a criação das primeiras cidades, os ratos começaram a frequentar o território urbano e causar medo na população. Já os gatos, que na época pertenciam até a outra espécie, a Felis silvestres, realizavam a tarefa de conter os roedores. Os gatos que matavam os ratos começaram a receber mais comida e atenção dos humanos. A partir daí, a domesticação dos felinos se iniciou com mais intensidade, até chegar no que conhecemos hoje como Felis catus.

Mas, como nem tudo são flores, durante uma certa época os gatos foram tratados como símbolo de azar e mau agouro. No ápice do Império Romano, a política de tolerância religiosa era rigorosa e a Igreja Católica Apostólica Romana iniciou a perseguição a cultos pagãos, inclusive à deusa celta Cerridwen, que era representada com capas e fazendo poções, além de se metamorfosear em gato. Começaram então a associar a imagem dos felinos com a bruxaria, por isso, milhares de animais foram torturados e queimados vivos em fogueiras. 

A situação ficou ainda mais crítica quando o Papa Gregório IX iniciou, em 1232, o maior massacre de gatos já visto na história da humanidade. O Decretales servia para punir todos os suspeitos de heresia. Além disso, na bula papal Vox in Roma falava-se muito sobre a possibilidade de gatos pretos fazerem parte de uma seita herege da Alemanha, composta por pessoas que acreditavam que a expulsão do Diabo do Paraíso fosse injusta. Foi então que os animais foram massacrados e mortos de maneiras grotescas e dolorosas. 

Sem os gatos, os ratos fazem a festa. Há quem acredite que a Peste Bubônica, doença contagiosa que dizimou milhões de pessoas na Europa, só tenha matado tanto pela ausência de gatos na cidade, uma vez que eles faziam o serviço de “limpar” os lugares matando os ratos. 

Sagrado ou profano, ninguém pode negar o quanto esses bichanos são inteligentes e amorosos. 

Leave a Reply