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Fungos podem ser causadores de doenças que afetam cães, gatos e seres humanos

A criptococose e esporotricose são duas zoonoses causadas por fungos e que podem afetar cães e principalmente os gatos.

No caso da criptococose, a transmissão ocorre principalmente pelo trato respiratório, por meio da inspiração de leveduras, podendo causar síndrome respiratória, neurológica, ocular e cutânea. 

Nos gatos, a síndrome respiratória é mais frequente. “Os sinais são respiração estertorosa (som de borbulhamento), secreção nasal mucopurulento, seroso ou sanguinolento, dispneia inspiratória e espirros. Eles também podem apresentar formações de massas no tecido subcutâneo, principalmente na cavidade nasal”, afirma a médica veterinária Claudia Tinini, que atua na área de patologia.

Em cachorros, a situação pode ser um pouquinho diferente. “Nos cães podem apresentar desorientação, diminuição da consciência, dor cervical, espasticidade, andar em círculos, tamanho desigual e dilatação das pupilas, cegueira, surdez, perda de olfato, equilíbrio e coordenação motora prejudicados, ou seja, ataxia, podendo progredir para paresia, paraplegia e convulsões”, relata.

O diagnóstico é feito por exames laboratoriais, como citologia, histopatológico ou cultura e antibiograma.

Já a prevenção é feita evitando que os animais frequentem áreas com grande quantidade de pombos, uma vez que o fungo pode estar presente nas fezes dessas aves.

No caso da esporotricose, é uma zoonose que afeta cães, gatos, humanos e até equinos. Os mais afetados por essa doença ainda são os felinos, por muitas vezes ficarem mais no ambiente urbano.

O fungo se aloja no ambiente e pode ser encontrado na grama ou na terra. Como os gatos têm o costume de enterrarem as fezes e a urina, o contato pode acontecer mais facilmente e o fungo acaba se alojando na unha do animal. A transmissão ocorre quando o animal se envolve em alguma briga e acaba sendo arranhado por outro felino já contaminado pelo fungo. 

O diagnóstico também pode ser feito por exames laboratoriais, mas normalmente aparece também nos exames de citologia.

“Os sintomas principais são lesões, sempre nas extremidades, ou seja, nas orelhas, face, nariz, e podem causar problemas respiratórios, dependendo da gravidade”, afirma Juliana.  

“A prevenção é só evitando o acesso à rua. Gatos não devem ficar nas ruas por muitos motivos, principalmente por doenças como essa, que são zoonóticas e podem nos afetar também”, afirma a médica veterinária Juliana Esguedelhado.

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